ARTE COLONIAL NO BRASIL (Sec. XVI e XVII)

A arte colonial Brasileira é o termo pelo qual toda obra artística produzida no Brasil, durante o período em que o país permaneceu como colônia de Portugal. A arte classificada com colonial brasileira é aquela produzida entre os séculos XVI e XVII, com destaque apara a arquitetura e decoração de interiores.

Por volta de 1530, os portugueses começaram a se estabelecer a costa do Brasil, e iniciaram a construção de entrepostos para estocar  pau – Brasil e outros produtos tropicais nativos.

Após a chegada dos europeus e a sua conseqüente ocupação do litoral, iniciou-se a construção das primeiras vilas, como São Vicente no litoral paulista. As mais importantes feitorias foram Arraia d Cabo, fundada em 1503 por Américo Vespúcio,a da Bahia, fundada em 1510 por Diogo Álvares e a do Rio de Janeiro fundada em 1519 por João Braga.

Na tentativa de dividir o Brasil em 12 capitanias hereditárias e seu posterior fracasso, Portugal nomeou um governador geral, Tomé de Souza, que no ano de 1549 fundou Salvador, declarada então capital da colônia. Após este fato chegaram os jesuítas, e a partir daí iniciaram-se as primeiras manifestações artísticas na Bahia, Pernambuco, São Vicente, Paraíba, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

A arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. As primeiras cidades construídas pelos portugueses não possuíam um planejamento urbano definido, tendo casas construídas muito próximas das outras, outro ponto importante de ocupação eram as fazendas onde se produzia açúcar, o melado e a cachaça.

Os portugueses construíram varias igrejas replicando aquelas que existiam em Portugal. As pinturas e esculturas desse período eram feitas por padres e jesuítas, seguindo o estilo Maneirista. A partir do século XVII começou-se a utilizar o estilo que ficaria mais associado ao tipo de arte empregado na decoração de igrejas de todo o Brasil colonial, o estilo Barroco.

João Gonçalves Viana foi provavelmente o primeiro escultor que trabalhou no Brasil, por volta de 1550, modelou algumas imagens religiosas em barro cozido, como a estátua de Nossa Senhora da Conceição, para a Matriz de São Vicente em 1560.

Durante o período chama de Brasil Econômico, a principal expressa artística era a arquitetura militar, publica e religiosa. Francisco Faria que chegou em 1603 no nordeste do Brasil foi nomeado o primeiro arquiteto brasileiro.

As pinturas de Franz Post demonstram que não havia uma uniformidade arquitetônica de modelos europeus. A arte e a cultura no Brasil tiveram anos riquíssimos, em Recife, no estado de Pernambuco o governador coordenou a ampliação e a restauração urbanística e artística da cidade, utilizando projetos do arquiteto Piter Posto, Mauricio de Nassau deixou no Brasil mais de duas mil edificações feitas de pedra e tijolo, em estilo nórdico, com fachadas estreitas, dois ou mais andares e teto pontiagudo. A mão de obra e quase todo o material vinham da Europa, ou das ruínas portuguesas já existentes por aqui.

Mauricio de Nassau enviou em 1678, ao Rei da França Luis XIV, alguns presentes brasileiros, entre eles obras de seis pintores: Franz Post, Albert Eckhout, do alemão Zacharias Wagner, soldados da Companhia da índias, autor do ´´Livro dos Animas“ que se encontra no Gabinete da Estampas de Dresden e contem 112 aquarelas; obras do alemão Georg Marcgraf e de outro alemão Gaspar Schmalkalden, que pintava e desenhava o via. Finalmente, obras de CornelisGoliathe Jan Vingboons.

Em 1654, os holandeses foram expulsos do nordeste, neste período foi adotado p pomposo barroco. A imagem do Senhor Crucificado (1688), que se encontra até hoje no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, é considerada uma das primas do século XVII. A maior parte das obras religiosas que existiu nas igrejas brasileiras no século XVII era originaria de Portugal e trazida com grandes despesas pelos jesuítas.

Paraty, cidade colonial fluminense do século XVI.
Paraty, cidade colonial fluminense do século XVI.
Curitiba- PR, Brasil- Largo da Ordem no centro histórico de Curitiba, no estado brasileiro do Paraná. Foto: Embratur
Curitiba- PR, Brasil- Largo da Ordem no centro histórico de Curitiba, no estado brasileiro do Paraná.
OURO PRETO
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Fachada maneirista da antiga Igreja Jesuíta de Salvador (2ª metade do século XVII).
Fachada maneirista da antiga Igreja Jesuíta de Salvador (2ª metade do século XVII).
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Grupo:

  • Maria da Conceição Moreira RA: 8094911065
  • Carla Monzane                           RA: 8072810369
  • Bianca Marques                         RA: 8207989983
  • Gabriella Postigo                        RA: 8093911312
  • Dannylo Martins                        RA: 8073863822

Movimento Barroco: Diego Velásquez e Francisco de Zurbarán

Diego Velásquez

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Diego Rodríguez de Silva y Velásquez foi um importante pintor espanhol do século XVII. Destacou-se na pintura de retratos, principalmente de integrantes da nobreza espanhola. Fez parte do movimento artístico conhecido como barroco.

Ele nasceu em 6 de julho de 1559, na cidade de Sevilha, no sul da Espanha. Filho de um advogado de origem portuguesa e mãe espanhola.

Desde criança, Velásquez sempre demonstrou um grande interesse pela pintura, com apoio de seu pai, ele com 11 anos de idade, começou a estudar pintura com artista plástico naturalista Francisco Herrera. E em 1611, virou aprendiz do artista Francisco Pacheco e casou com a filha dele, Juana. Com ela, teve uma filha chamada Francisca, homenagem ao avo.

Em 1620, Velásquez viaja para Madrid e começa a fazer importantes contatos artísticos entre a nobreza espanhola, conhecendo grandes nomes, como poeta Luís de Gongora de quem pintou um retrato.

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Com isso, em 1623, foi nomeado pelo rei Felipe IV como o novo pintor real.

Em 1629, conheceu o pintor barroco Rubens, de quem absorveu grande influencia artística. E nessa mesma época, ele viaja em missão oficial para Itália, e acaba estudando as obras do Renascimento.

De volta para a Espanha, Velásquez recebe do rei a missão de fazer um retrato do príncipe Baltasar Carlos. Em 1635, pinta uma das suas grandes obras histórica: A rendição de Breda.

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Em 1648, viajou novamente para Itália como embaixador e artista espanhol. Visitou na Nápoles, Roma e Veneza, onde comprou obras de arte de Tintoretto, para o rei da Espanha. Em seu retorno, ele é nomeado em 1651, aposentador real. Passando a se dedicar mais as suas atividades artísticas, produzindo grandes pinturas como, por exemplo: a família de Felipe IV(conhecida como As Meninas) e a Fabula de Aracné (conhecida como As fiandeiras).

Um ano depois de sua condecoração da Ordem de Santiago, Velásquez falece em 1660, na cidade de Madrid, com uma grave doença.

Portanto, Diego Velásquez deve um estilo artístico que enfatizava a elaboração de retratos de integrantes da nobreza, pintura de cenas históricas e com elementos mitológicos, mostrando detalhes que privilegiavam as expressões faciais, buscando a individualidade de cada personagem. Tendo também duas características fortes do barroco: o tenebrismo(aplicação de fundo escuro) e do realismo(busca por detalhes para deixar a obra mais real possível).

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Principais obras de Velásquez:

– A Família de Felipe IV (As Meninas)

– Vênus ao Espelho (1647)

– Retrato do Papa Inocêncio X

– Retrato de Felipe IV

– Infanta Margarida da Áustria

– Cristo na casa de Marta e Maria (1618 – 1619)

– A forja de Vulcano (1630)

– O Príncipe Baltasar Carlos caçador

– O trinfo de Baco

– A rendição de Breda (1634)

– As Fiandeiras ( A fábula de Aracné)

– Sebastián Morra

Francisco de Zurbarán

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Francisco de Zurbarán foi um pintor genial do maneirismo espanhol, que nasceu dia 7 de novembro de 1598, na cidade de Fuentes de Cantos, na Espanha. Filho de um comerciante, ele iniciou em 1614 sendo aluno do conhecido pintor Pedro Diaz de Villanueva. Aos dezesseis, teve a oportunidade de aplicar e desenvolver seus desenhos no ateliê do pintor sevilhano.

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Assim que concluiu seus estudos, Zurbarán voltou para sua cidade natal, onde se casou com Maria Perez. Porem, ela faleceu alguns anos mais tarde. Mas em 1625, ele casasse novamente com Beatriz de Morales.

Mesmo não sendo muito conhecido, em 1626 recebeu uma encomenda de um convento sevilhano, de vinte e um quadros. Porem, Zurbarán não cobrava o seu trabalho que impossibilitava a ele de entrar para o restrito grupo de pintores que monopolizavam o circuito artístico e cultural na cidade de Sevilha.

Quando conseguiu conquistar artisticamente a corte espanhola, faleceu em 1664, na cidade de Madrid. Mas finalmente foi reconhecido pela sua obra.

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Principais obras de Zurbarán

-Cristo en la Cruz

-San Serapio

-Visión de San Pedro Nolasco

-Apoteosis de Santo Tomás de Aquino

-San Andrés

-La Inmaculada

-San Francisco de rodillas con una calavera

Bibliografia

Diego Velásquez

Fonte: www.suapesquisa.com/biografias/velasquez.htm

Figura1: Autorretrato de Velásquez

Figura2: Retrato de Luís de Góngorra,1622

Figura3: Retrato do príncipe Baltasar Carlos,1631

Figura4: As fiandeiras

Francisco Zurbarán

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Zurbar

Figura5: Autorretrato de Zurbarán

Figura6: San Serapio, 1628

Figura7: San Francisco arrodillado con una calavera en las manos, 1658

Grupo: 3ºA

Anderson Marques da Silva                           R.A. 8412166117

Carlos Eduardo dos Santos                            R.A. 8406121073

Felipe Ribeiro Nascimento                             R.A. 8408112391

Guilherme Ramos Escobar                             R.A. 8075822151

Lucas Gomes Torsani                                       R.A. 6892523288

Vanessa Soares da Silva                                   R.A. 8828400067

HISTORIA BARROCA NO BRASIL

O barroco foi uma tendência artística que se desenvolveu primeiramente nas artes plásticas e depois se manifestou na literatura, no teatro e na música. A historia barroca surgiu na Itália.

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O barroco brasileiro foi diretamente influenciado pelo barroco português, porém, com o tempo, foi assumindo características próprias.

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O Barroco no Brasil surgiu no século XVIII, em Minas Gerais, pelo escultor e arquiteto, Antônio Francisco de Lisboa (Alejadinho).

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Outros artistas importantes do barroco brasileiro foram: o pintor mineiro Manuel da Costa Ataíde e o escultor carioca Mestre Valentim.

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No estado da Bahia, o barroco destacou-se na decoração das igrejas em Salvador como, por exemplo, de São Francisco de Assis e a da Ordem Terceira de São Francisco.

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Também temos na literatura o Gregório de Matos Guerra, também conhecido como “Boca do Inferno“ e padre Antônio Vieira que ganhou destaque com seus sermões.

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Fundada no século XVI, São Paulo permaneceu estagnada por todo o século XVIII, durante este período as ordens religiosas ergueram apenas modestas igrejas barrocas. Dentre estas construções destaca-se o conjunto formado pela igreja e pelo Convento de Nossa Senhora da Luz. As esculturas do Barroco paulista são muito simples, em razão da pobreza da cidade nenhum artista de renome ia para lá por isso as imagens são em geral rústicas e primitivas, feitas de barro cozido.

O pintor paulista mais conhecido deste período foi frei Jesuíno do Monte Carmelo (1764-1818).

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  1. A ARQUITETURA BARROCA NA FRANÇA, ESPANHA E ITÁLIA.

BARROCO ITALIANO

O barroco teve início em Roma (fim do sec. XVI, início do XVII), que após um tempo se expandiu pela Europa. No inicio o barroco unia parte da arte renascentista com emoção, dramaticidade e intensidade o que deixou algo grandioso para historia da arte.

O Barroco está conectado a acontecimentos históricos, religiosos, econômicos e sociais. Naquela época tinham maior ênfase na emoção que na realidade. Os artistas buscavam em sua arte assimetria, extravagancia e fortes cenas emocionalmente.

Sendo os principais nomes do barroco italiano no período:

1 Caravaggio (1571 – 1610) – foi um dos artistas que mais se destacou no barroco italiano, pintor do sec. XVII, trouxe vida nova as pinturas Italianas, em suas obras apresentava personagens bíblicos, se baseando na população trivial de Roma.

Havia forte realismo em suas pinturas, o foco de suas imagens estava nos rostos, demonstrando na maioria das vezes dor e sofrimento, o fundo das pinturas sempre em tons escuros.

28Bernini (1598 – 1680) – grande escultor do sec. XVII, foi também pintor, arquiteto, teatrólogo e cenógrafo. Deixou para Roma grandes obras, artes religiosas e a basílica de São Pedro.Na Capela Cornaro em Santa Maria Della Vitoria, Roma, Bernini uniu todas as suas técnicas arquitetônicas e escultórica, “o êxtase de santa tereza” é uma das esculturas que se destacou, representando a santa desfalecida, transmitia emoção, movimento, paixão e drama.

3Vivaldi (1678 – 1741) – um importante musico e compositor do estilo barroco tardio. Construiu vários concertos e operas, sua obra mais conhecida é “As Quatro Estações”, foi grande influência para diversos músicos. Com a vinda do novo período suas músicas caíram no esquecimento, sendo resgatada no início do século XX.

4Fernando Borromini (1599 – 1667) – é considerado o grande nome da arquitetura neste período. Com suas paredes ondulantes, Borromini consegue criar a impressão de receber luz estroboscópia revolucionando seu campo de estudo.Borromini combinava formas nunca antes vistas, curvas e contra curvas de modo esplendido, fica evidente em San Carlo Alle Quattro Fontane, as paredes parecem estar em pleno movimento. Gênio rebelde e emocionalmente perturbado trabalhou como cortador de pedra para Bernini. Enquanto Bernini executava seus projetos às pressas, Borromini trabalhava os pormenores minuciosamente em suas obras, evidenciando assim uma das grandes diferenças no método de trabalho dos dois rivais.Apesar das brilhantes obras criadas e história de vida inspiradora, Francesco Borromini teve um fim trágico, o suicídio, manchando assim a vida de um notável e histórico artista.

A ARQUITETURA BARROCA NA ESPANHA

5O Barroco na Espanha teve ousadia e originalidade. O Barroco espanhol pode ser comparado com o europel, com muita audácia, força de concepção e riqueza. A arquitetura desse estilo se espalhou pelo país. Com elementos clássivos, torres, anjos, figuras humanas e de animais, era uma arquitetura complexa nas decorações internas o estilo foi lindo com materiais e cores ricas. As paredes das casas e dos prédios públicos eram enfeitadas com sedas, tecidos pintados, tecidos bordados a prata e ouro e veludos de cortes fortes. Além das paredes os tecidos eram usados também em corrimãos das escadas, as portas e tetos tinham entalhações que podiam ser policromadas ou douradas, os pisos ja eram na madeiras ou no mármore com desenhos. As lareira eram decoradas com folhas, anjos e dourados.

A Espanha na Arte também teve influências de fora principalmente da França, que se explica pelo parentesco das famílias reais desses dois países. Por causa disso surgio na Espanha um estilo Luís XIV que exagerava nas proporções e escalas e os estilo Luís XV e XVI que são sem refinamento de detalhes e de efeitos imaturos. Quando Napoleão ocupou a Espanha foram chamados artistas e arquitetos para fazer construções e decorar palácios.

A mobília no estilo Barroco espanhol manteve o colorido abundante o excesso de curvas pesadas ma com entalhação complicada.

O Barroco é caracterizado por ter em suas obras artísticas a preocupação com os detalhes. As esculturas e pinturas tem um realismo mostrando os mínimos detalhes nas expressões faciais, dobras e pinturas dos tecidos entre outras. Uma das expressões Barroca espanhola está presente na decoração de alto relevo nas portadas de edifícios civis e edifícios religiosos.

ESTILO BARROCO NA FRANÇA

O estilo barroco e caracterizado por sua dramatização e iniciou-se por volta do sec. XVII. A arquitetura francesa durante o período barroco e caracterizado por grandes palácios e jardins elaborados.

7Palácio Versalhes.

Durante a segunda metade do sec. XVII foi construído o palácio de Versalhes para Luiz XVI. Algumas partes do palácio Versalhes foi projetado pelo grande arquiteto Jules Hardouin Mansart, que também foi responsável por orangerie ( uma estufa construída no terreno de Louvre).

Neste período também surge o palácio de Luxemburgo,  o castelo de Chantilly e Vaux-le-Vicomte que são grandes símbolos de modelos Arquitetonico.

Domaine de Chantilly (60500). Picardie. France.Castelo Chantilly. Uma das construções arquitetônicas mais conhecidas da França.

O estilo Barroco definiu-se pelo reinado de Luiz XVI, que durou de 1661 a 1715. O Artista favorito do rei era Sol, Lully, e o arquiteto Mansart. Charles Le Brun foi o pintor da corte.

 

BARROCO

A arte e arquitetura Barroca

O Barroco,  é um estilo de arte e arquitetura que chama muita atenção e que expandiu para a Literatura o Teatro e  Música.

Criado por Barromini, na Itália em meados do século  XVI e durou até o século XVIII , o nome vem do termo Francês Barroqueu – que significa Bizarro, esquisito, extravagante. O estilo espalhou-se por vários países da Europa até chegar ao continente Americano.

A intenção dos artistas era impressionar o expectador, envolvendo espiritualmente com as obra de arte.

ARTE BARROCA
As pinturas e Esculturas deste período são rebuscadas, com  sombras cheias de detalhes e ornamentos expressam as emoções humanas  de forma exagerada.

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Há uma outra versão  conhecida para  o significado do barroco, muitos chamam de pérola irregular ou pérola deformada.

As obras dos artistas Europeus valorizam as cores, sombras, a luz  e representam os contrastes.

Os temas principais são as história da humanidade e mitologia. As cenas retratadas costumam ser sobre a vida e o cotidiano da burguesia, a natureza morta e entre outros.

Artistas Barrocos dedicaram-se a decorar igrejas com pinturas e esculturas.
As esculturas mostram faces humanas  marcadas pelas emoções  com grande características de sofrimento, com contorções dos traços exagerado sem contar que nas esculturas predominam curvas, os relevos e a utilização da cor douradas.

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O ROCOCÓ E O BARROCO

Falam que o Barroco é cheio de Rococó, porem ocorre uma diferença entre eles.

O Rococó  é um Estilo do iluminismo apesar de não expressar ideais do mesmo, nasceu na França no século XVIII, podem verifica  que seus ornamentos são leve com cores azul, fundo branco e dourado ,nasceu em ambiente de castelos com finalidade de  tornar o cotidiano mais agradável, estilo de muitos ornamentos e de grande influência no Brasil.

Minas foi a primeira receptora dessas arte devido a economia,
pois era o local onde se tinha ouro. Fragonard é o artista mais importante do movimento Rococó.
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Chama-se Barroco mineiro a versão peculiar que o estilo Barroco desenvolveu no estado de Minas Gerais, entre o início do século XVIII e o final do século XIX. O termo usualmente se refere à arquitetura desse período, mas teve expressões importantes também na escultura e na pintura. Pode ser chamado de Barroco mineiro, porém, apesar de consagrado pelo uso, é uma formulação inexata, visto que boa parte da manifestação artística desse período em Minas Gerais aconteceu dentro da esfera do Rococó, que muitos estudiosos consideram não um simples estilo barroco, mas uma escola independente.

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PRINCIPAIS NOMES DA ARTE BARROCA

obras Barrocas são compostas por vários artistas, mas os principais nomes são:

Velasquez Caravaggio, Rembrandi Vemmer, Rubens (pintor), Gian Lourenzo Bernini(Escultor), Johann Sebastian Bach e Antonio Vivaldi (Musico).

Grupo:

  • Maria da Conceição Moreira RA: 8094911065
  • Carla Monzane RA: 8072810369
  • Bianca Marques RA: 8207989983
  • Gabriella Postigo RA: 8093911312
  • Dannylo Martins RA: 8073863822

Rembrandt e Vermeer – A Pintura Holandesa pelos mais expressivos representantes.

 Rembrandt

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Autorretrato – 1660

Nascido em uma família simples com muitos irmãos, em Leiden,  de Julho de 1606.

Rembrandt é considerado um dos maiores artistas do estilo barroco europeu, entre pinturas e gravuras. Foi matriculado na universidade de Leiden, aluno do pintor holandês Jacob Van Swaneburgh. Aos 18 anos foi para Amsterdam trabalhar para um famoso pintor – Pieter Lastman. Depois de seis meses abriu o seu próprio ateliê em sua cidade natal.

Um pintor tocado pela melancolia, Rembrandt ficou famoso pelo seu jeito único de pintar, usando uma técnica de luz e sombra (muito parecida com a de aravaggio) para sugerir a intensidade emocional, a revelação e a meditação.

É possível dividir sua produção artística em duas fases principais:

Na primeira fase, o pintor abordou temas religiosos e alegóricos, com muitos detalhes , acabamentos cuidadosos, técnica refinada, além de gestos dramáticos em situação de grande ação, testando a expressão das emoções.

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The Raising of the Cross – 1633
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Ronda Noturna – 1642

Em sua segunda fase, o pintor muda completamente o seu estilo, por conta de uma vida trágica e miserável com a perda de seus entes queridos. Abandona características do barroco para adotar uma composição simplificada, com um clima silencioso e solene. Deixava grandes porções de tinta bruta ultrapassar os contornos: empastamento, salpicado, transparências e raspagens. Passou a se interessar até pelo material dos pigmentos que ele esculpia para as suas telas, o impaste chega a ter cerca de 5 milímetros de espessura. Era um “combate com a tinta” sem muito acabamento.

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The Dream of St. Joseph -1650

Rembrandt foi acusado algumas vezes de pintar personagens feios em um universo escuro. Partes de suas obras eram pintadas muitas vezes com os olhos na sombra, sinal na época de um espírito perturbador e pensativo, dando ao espectador a sensação de uma imagem incompleta, uma forma de dar continuidade a obra através de sua própria imaginação.

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Autorretrato – 1627

Os temas mais comuns do pintor são: temática sacra, os retratos grupais e os autorretratos.

As pinturas sacras foram realizadas por toda a vida do pintor, onde apresenta cenas bíblicas com extrema sensibilidade e profundidade espiritual. Sua pintura cresceu e se desenvolveu no mundo marcado pelas diferentes religiões. Tradições espirituais, filósofos, sábios, magos, padres, profetas e santos aparecem em seus quadros.

O Martírio de santo Estêvão - Rembrandt – 1625
O Martírio de santo Estêvão – Rembrandt – 1625
O Apostolo Paulo – 1657
O Apostolo Paulo – 1657

Os retratos em grupo era moda na Holanda, onde corporações e guildas procuravam pintores para terem seu retrato imortalizado na tela.

Aula de anatomia do Dr. Tulp – 1632.  Nesta obra, a curiosidade e o assombro estão estampados em cada face e em cada gesto.
Aula de anatomia do Dr. Tulp – 1632.
Nesta obra, a curiosidade e o assombro estão estampados em cada face e em cada gesto.

Muitos pintores costumavam pintar a si mesmo como tema de seus quadros. Por volta do século 16, o autorretrato tornou-se um gênero a parte. Essa técnica era vista como “daquele que observa a vaidade” .

Rembrandt tornou-se constantemente, tema de seus próprios quadros. Pintando a si mesmo em meio a cenas religiosas e autorretratos.

Desde os 20 anos até a sua morte, aos 63 anos, o pintor desenhou , gravou e pintou o seu próprio rosto inúmeras vezes. Um de seus primeiros autorretrato foi feito no inicio de sua carreira em um ateliê de Leider. Ele só voltaria a fazer outras pinturas com o mesmo tema 26 anos mais tarde.

O artista em seu estúdio – 1626
O artista em seu estúdio – 1626

O espelho era usado para a representação do autorretrato, objeto que intrigava pintores e sábios na época. Os cientistas descobrem no espelho paradoxos da simetria e do infinito. Os pintores, os paradoxos da representação e do olhar refletido.

O pintor representava a si mesmo em todo tipo de traje e de pose. Frequentava leilões e comprava lotes de trajes antigos, armas chapéus… Seus acessórios e situações representavam certos acontecimentos da época, como as pinturas em que se retratava com peças de armadura, colete ou capacete, essas peças poderiam ser uma espécie de chamado patriótico, as províncias holandesas tinham acabado de conquistar sua liberdade contra a Espanha.

Muitas vezes o pintor aparece com uma touca ou boina. A boina é associada aos artistas e a sua vida livre, além de simbolizar também a genialidade artística.

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Seu traje mais comum era uma espécie de blusa como colarinho aberto e com a cintura presa por um cinto e diferentes turbantes, esse era o seu traje de trabalho.

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Ao deixar Leiden para ir para Amsterdam, Rembrandt se retratou como burguês usando um chapéu, e assinou pela primeira vez uma obra apenas seu nome de batismo.

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Aos 34 anos retratava a si mesmo em um traje renascentista na mesma posição altiva que os personagens dos grandes pintores Italianos:

Baltasar Castiglione, por Raffaelo Sanzio
Baltasar Castiglione, por Raffaelo Sanzio
e Retrato de Homem, por Ticiano
e Retrato de Homem, por Ticiano
O autorretrato de Rembrandt aos 34 anos.
O autorretrato de Rembrandt aos 34 anos.

Rembrandt era desprovido de graça, observava os estragos do tempo – “O tempo trabalha cmo artista sobre os rostos humanos”.

Colonia, um dos quadros mais misteriosos, onde Rembrandt pinta a si mesmo muito mais velho do que nos outros retratos daquele mesmo ano, onde aparece com um sorriso irônico e com a imagem cortada.

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Com as encomendas cada vez mais baixas e com as dividas acumulando, Rembrandt chega ao ponto de morrer miserável, em 4 de outubro de 1669.

Johannes Vermeer

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Johannes Vermeer nasceu dia 31 de Outubro de 1632 em Delft na Holanda, em uma família protestante onde seu pai era comerciante de arte. Estudou pintura entre 1652 e 1654 com Karel Fabritius e também Rambrandt, juntou- se a Guilda de São Lucas. Em 1653 converteu-se ao catolicismo para se casar com Catharina Bolnes, tiveram 15 filhos, porém quatro faleceram ainda pequenos.

Trabalhava como comerciante de arte e pintor por comissão, vivia humildemente devido sua condição de pobreza, muitos quadros de Vermeer eram assinados por outros artistas para ganhar valor, ou entregues como pagamento de dividas. A maioria de suas obras não foram assinadas, hoje existe uma grande dificuldade em descobrir suas obras causando muitas polemicas em diversos quadros, na intenção de definir suas obras e sua ordem cronológica. 35 obras são reconhecidas como de autoria de Vermeer porem somente duas obras foram assinadas, A alcoviteira de 1656 e O astrônomo de 1668. Em meados de 1670 sua sogra Maria Thins perdeu suas terras devido a abertura dos diques em uma tentativa de defesa contra a França causando a decadência financeira total de Vermeer e sua família.

Conhecido também por Johannes van der Meer ou Vermeer de Delft morreu em 15 de Dezembro de 1675 em Delft onde viveu por toda sua vida. Após sua morte sua mulher Catharina Bolnes foi obrigada a vender os quadros de seu marido o maior comprador de suas obras foi o impressor Jacob Dissius e só em 1696 seus trabalhos foram valorizados. Porem Vermeer só foi reconhecido em 1866 pelo historiador de arte francês Théophilie Thoré que usava como pseudônimo o nome de W. Burger atribuindo 76 quadros a Vermeer e por muito tempo acreditava-se que ainda existia pinturas a serem descobertas. Atualmente estudiosos afirmam que somente 35 a 40 quadros são do pintor e ainda existe uma polemica sobre a autenticidade de algumas obras.

Vermeer participou do estilo barroco época das grandes navegações, com pinturas de cenas cotidianas em ambientes equilibrados, é conhecido como o mestre da luz. Após o aterramento de pântanos a luz não se refletia mais, mudando a cor dos céus holandeses. Deste modo esta luz aparece somente em quadros antigos. Vermeer  usava poucas cores e produzia suas próprias tintas, denominado a arte da maestria, misturando-se pouco e aplicando camadas de verniz que traziam a sensação de vida a suas obras muito amarelo e azul e prezava sua qualidade da cor, o azul por exemplo foi obtido com a pedra semipreciosa chamada de lápis-azuli muito caro na época, valorizada inclusive atualmente resultando na cor ultramar, a cor azul do alto mar.

Algumas obras

 MOÇA COM BRINCO DE PEROLA, de 1666.
MOÇA COM BRINCO DE PEROLA, de 1666.

Esta obra é considerada a Mona Lisa da arte holandesa descoberta num leilão em 1881 em Haia na Holanda uma imagem poética com um jogo de luzes equilibrado, poucas cores porem cores vivas contrastando com cores pastel que dão vida a pintura.

O ESTUDIO DO ARTISTA
O ESTUDIO DO ARTISTA
A ALCOVITEIRA , 1656
A ALCOVITEIRA , 1656
A LEITEIRA, 1658
A LEITEIRA, 1658
O ASTRONOMO, 1668
O ASTRONOMO, 1668
LEITORA A JANELA
LEITORA A JANELA
MULHER COM COLAR DE PEROLAS
MULHER COM COLAR DE PEROLAS
A RENDEIRA, 1670
A RENDEIRA, 1670
MULHER LENDO UMA CARTA, 1665
MULHER LENDO UMA CARTA, 1665

Referencias:                                                   WWW.holand.com/br/turismo/artigo/rembrandt-van-rijn-17.htm

www.suapesquisa.com/biografias/rembrandt.htm

Rembrandt Van Rijn – Autorretratos – episódio da série Paletas

http://masp.art.br/masp2010/exposicoes_integra.php?id=127

 

http://www.holland.com/br/turismo/artigo/johannes-vermeer-18.htm

Verbete elaborado por Andréia Carolina Duarte Duprat
Aluna do Bacharelado em História da Arte da UFRGS

Barroco Italiano e Caravaggio

O Barroco surge após alguns processos de reforma.Após a perca de hegemonia de poder e espaço da Igreja. Uma arte que expressa um contraste daquele tempo, trazendo a espiritualidade e o teocentrismo da Idade Média com o racionalismo e o antropocentrismo do Renascimento.O apelo visual das obras Barrocas era muito forte e real, com isso suas construções combinaram para expressar uma nova concepção de mundo.  No Barroco Italiano surge a primeira escola de artes, conhecida como Belas Artes. Veja algumas pinturas e características deste período:

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As pinturas são mais realistas, expressando o que realmente existe no mundo. Têm cores mais expressivas, formas mais destacadas através da luz, efeitos de luz e sombra e grandes contrastes nas pinturas.

Sempre muito natural e realista as figuras se fundem ao ambiente, pois há profundidade continua e predomina as linhas diagonais e a assimetria.

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O barroco tem um estilo mais formal, uma composição mais aberta, movimentos e elementos em diagonais, técnicas mais soltas, mais livres, cores mais ricas, as cenas envolvem-se em um acentuado contraste de claro-escuro, o que intensifica a expressão de sentimento, cenas no seu momento de maior intensidade dramática, produzindo a “Unidade Absoluta.”

Existe também o tenebrismo que teve como principal artista o Michelangelo Merisi (Caravaggio). A característica do tenebrismo são:

caravaggio O contraste luz e sombra, linhas diagonais transpondo assimetria, cor que realça e destaca curvas e formas, profundidade.

Caravaggio conhecido como um artista polemico, genioso e tempestuoso foi conhecido pela excelência de suas obras, que traziam, dramaticidade, combinação de formas,poses, expressões fortes de luz e cor, tendencia naturalistas,pinturas poderosas e as vezes brutais, entre outras características.

“Não sou um pintor valentão como dizem, mas um pintor valente que sabe pintar e imitar bem as coisas naturais.” E isto ele realmente fazia, pinturas e obras que tratavam de naturezas mortas, cenas do cotidiano e temas mitológicos com um realismo intenso e verossímil.

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Expressando as ideias e os sentimentos dos artistas do século XVII, a arte Barroca se tornou impactante.

Referencias Bibliográficas:

http://www.historiadaarte.com.br/linha/barroco.html

http://www.klepsidra.net/klepsidra18/renascimento.htm

http://www.suapesquisa.com/biografias/caravaggio.htm

A Música Barroca e suas Relações Sociais com o Século XVII e o Início do Século XVIII

cravo

A música sempre teve o papel de elevar quem a escuta para outra dimensão seja de forma planejada ou não, assim aconteceu com a música barroca em meados de 1600 a 1750. Visualmente falando o barroco possui este exagero de ornamentos em cada pedacinho dele, e na música não muda. Sendo também um dos momentos mais importantes da história musical mundial reestruturando e dando uma cara nova pra música, fazendo com que aquele antigo sistema de modos (ou seja, aos modos gregos, na própria organização dos sons naturais tendo a ausência de bemóis e sustenidos) conhecidos por: Dório, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio e Lócrio. Todos partem do dó natural central terminando por sua vez em “Si Bemol, Lá Bemol, ou Si e Fá natural”.

Quando o barroco se estabiliza musicalmente isso começa mudar, na verdade muda completamente criando um novo campo harmônico é uma tônica em escalas diferentes, fazendo assim as escalas com tom maiores (Jônico, Lídio, Mixolídio) e menores (Dórico, Frígio, Eólio e Lócrio), que no fim reduziram para apenas dois, os mesmos usados até hoje (Jônio e Eólio) sendo um maior e outro menor.
Passado pouco tempo, o uso de bemóis e sustenidos conseqüentemente ganha forças principalmente em fugas. E ouvindo bem, dependendo do compositor e da obra era esperado que quem interpretasse a música ornamentasse improvisos no meio da obra (típico do barroco), entregavam apenas com uma estrutura harmônica criada e de lá quem tocasse interpretaria a obra te tal forma. Dependendo da forma que a música for interpretada, toda essa ornamentação transformaria a obra em um todo sonoro elevando qualquer um que escutasse, com todo o poder e uso de graves contínuos segue em oposição a todos os estilos anteriores.
De todos os estilos dentro do barroco o que mais se destaca, são as “fugas” (Fundamentada técnica, escrita e separada por “vozes” soprano, contralto, tenor e baixo. Divididas em três ou mais partes, a ideia principal são as vozes escapando ou se perseguindo. Muito comum para órgão e cravo.), claro que as fugas e os estilos vão muito além disso.

O barroco em si foi um período bem rico principalmente pelo crescimento e desenvolvimento de novas técnicas, instrumentos e formas de construção, dando destaque para violinos e cravos. Enquanto no mundo do barroco tudo crescia, na música era tudo mais intenso. Já que não se pode ver, apenas sentir e tocá-la, todas as formas de exploração da música barroca foi esgotada. (Principalmente para Bach, digamos que ele conseguiu ultrapassar todos os limites do estilo, sua musicalidade e forma de compor ia além da realidade). Claro que existem outros lugares em todo o mundo em que o barroco passou e permaneceu, portanto existem vários gênios da música e arte barroca. Mas usemos Bach como exemplo, mesmo não sendo possível definir um fim para um período de tal forma precisa e certeira. Porém cada vez mais o barroco ganhava mais ornamentações, ao mesmo tempo em que ficava algo pesado, ela de fato ficava mais enriquecida, elevando qualquer um para outra dimensão.

Essa elevação chega a ser espiritual de tão profunda que a música barroca, e se este período por alguma razão não estivesse existido, e mesmo assim algum outro “movimento” parecido fosse criado no lugar,o mundo teria um vazio impreenchível.

Concluo que o papel social da música barroca é fazer com quem a escute seja transportado de alguma forma para outra dimensão, entrando em contato com uma realidade da qual não esteja acostumado a viver, seja visualmente ou musicalmente falando. Estas duas formas se completam e quando unidas algo permanente acontece. O barroco estará sempre lá para te mostrar que há sempre uma nota que você não ouviu, que existe sempre uma sensação nova, um detalhe que seu olho deixou escapar, manifestando-se de forma diferente para cada um, chega ser surpreendente. Uma vez tendo contato com ele, não tem mais volta. E se tentar voltar, de alguma forma o barroco te puxará para perto novamente.

Referências Bibliográficas:

http://arte-barroca.info/musica-barroca.html

http://historia_da_musica.blogs.sapo.pt/2413.html

A Musica e a Pintura Sacra Portuguesa

A Pintura Sacra Portuguesa 

O Barroco em Portugal se desenvolveu dentro de um período que alternava momentos de depressão e pessimismo e ao mesmo tempo de euforia e nacionalismo. É uma época de crise, turbulência e incertezas. Com este cenário social, político e religioso a pintura em Portugal não teve grande repercussão e reconhecimento; estudos mais recentes têm revelado que este foi um período de grandes e importantes mudanças estéticas.

Proto Barroco

Pedro Nunes: Descida da cruz, 1620.  Capela do Esporão da Sé de Évora
Pedro Nunes: Descida da cruz, 1620.
Capela do Esporão da Sé de Évora

O século XVII inicia com um evento de importância simbólica. Em 1612 uma delegação de pintores liderada por Fernão Gomes solicita à Câmara de Lisboa o cancelamento dos vínculos corporativos e a concessão de um estatuto liberal à sua arte. No Porto, na mesma época, se faz petição semelhante. Isso indicava uma mudança na mentalidade vigente, um abandono das tradições produtivas medievais e um avanço importante em direção à modernidade. Mesmo que as reivindicações não frutificassem nesse momento, os artistas conseguiram uma equiparação de sua posição social à dos nobres, por se dedicarem a uma atividade artística “superior”.

A pintura Proto barroca em Portugal, que vai até meados do século XVII, se divide em dois campos bem diferenciados: a religiosa e a profana.

Na esfera religiosa, o estilo será obrigado a atender aos requisitos da Contra-Reforma, apoiada sem questionamentos desde o reinado de Filipe II. Tais requisitos, se resumem numa condenação dos excessos ornamentais e da desestruturação compositiva do Maneirismo, em busca do decoro, uma expressão menos fantasiosa e teatral e mais naturalista, paralelamente ao reforço na caracterização de uma catolicidade dogmática que explicitava o Triunfo da Igreja e visava sobretudo o cerceamento da “perigosa” criatividade individual – que podia degenerar em heresia – em favor da homogeneização da mensagem doutrinal e, consequentemente, do estilo.  A história registra vários casos de problemas de pintores com a Inquisição por supostos desvios do dogma, como foi o caso de Domingos Vieira, chamado de O Escuro.  Resultou disso um acentuamento do culto da imagem sacra, com a multiplicação de pinturas devocionais privadas e públicas onde as cenas da vida de Cristo adquirem uma projeção inédita.

Nesse contexto o Tenebrismo teria um papel importante ora para realçar o dramatismo e pungência da imagem, ora sua poesia, inspirando uma piedade maior no devoto.

No campo profano, se inicia a exploração de uma temática mais variada, crescendo o interesse pelo retrato, pela pintura de gênero, pela paisagem, e se popularizando as naturezas-mortas. Também se aprofunda uma pintura mural decorativa derivada das grottescherie italianas maneiristas, que em Portugal assumiria traços originais e se praticaria intensamente em especial para decoração de tetos. Conhecido também como brutesco, esse gênero foi divulgado muito através de gravuras e era regido por convenções bem frouxas, independentes da censura eclesiástica, dando amplo espaço para a imaginação.

Assim, na prática, o Barroco apareceu como um movimento de renovação na pintura portuguesa quando as soluções maneiristas já estavam caducando. Enquanto dura a União Ibérica os principais centros produtores de pintura se desenvolvem no círculo das cortes provinciais, com para a dos Duques de Bragança em Vila Viçosa (com Miguel de Paiva), mas também

André Reinoso: O milagre de S. Francisco Xavier, 1619. Igreja de S. Roque, Lisboa
André Reinoso: O milagre de S. Francisco Xavier, 1619. Igreja de S. Roque, Lisboa

em Lisboa  (Reinoso, o Cabrinha, o Escuro  e Avelar); em Évora  (com Pedro Nunes  e  Martim Valenciano, entre outros);  Óbidos (Baltazar Gomes Figueira),  Coimbra, Porto e várias outras cidades, quintas e paços do interior.   Esses artistas, dentre muitos mais, fazem a passagem do derradeiro Maneirismo para o Barroco internacionalista da fase seguinte. Merece uma atenção especial a pintora Josefa de Óbidos, ativa até a década de 1670, pertencente pois à segunda geração proto-barroca, junto com João Gresbante,  Manuel Gomes,  Marcos da Cruz e  Bento Coelho da Silveira. Foi uma das raríssimas mulheres de sua época a conquistar independência e respeito profissional como artista.  Adepta persistente do Tenebrismo, deixou obras de delicada poesia em cenas da vida de Jesus e em naturezas-mortas, mas foi capaz de momentos de grande expressividade, como prova o seu Calvário.

Josefa de Óbidos: Calvário, 1679. Santa Casa da Misericórdia - Peniche
Josefa de Óbidos: Calvário, 1679. Santa Casa da Misericórdia – Peniche

O Barroco Joanino

A Restauração da Independência com a ascensão de Dom João IV muda o

André Gonçalves: Ascensão de Nossa Senhora, 1730. Palácio Nacional de Mafra
André Gonçalves: Ascensão de Nossa Senhora, 1730. Palácio Nacional de Mafra

contexto sócio-político e o Barroco se estabelece com firmeza como o estilo geral, mas agora caminha para perder gradativamente todo laivo de isolacionismo e timidez que poderia ainda guardar, se abrindo para novas soluções que vão dar na primeira metade do século XVIII  grandes frutos originais, no chamado Barroco Joanino, quando o ouro vindo da colônia brasileira possibilita uma nova fase de esplendor, sob o longo reinado de Dom João V. O rei era um amante e conhecedor das artes, a ponto de poder fazer sua crítica, e ao mesmo tempo um devoto mecenas da Igreja e um autocrata que desejava rivalizar com Luís XIV, o Rei-Sol francês. Com ele a pintura portuguesa volta a florescer com força e desenvoltura e a arte serve como eficiente meio de propaganda de sua magnanimidade. Mandou construir o monumental Palácio e Mosteiro de Mafra, cuja fábrica dinamizou todas as artes portuguesas.

Na pintura desse período a paleta de cores de diversifica e se ilumina, as formas adquirem maior fluência, a composição ganha maior desenvoltura e um sentido expansivo e dinâmico, e ensaia-se uma recuperação dos valores clássicos. André Gonçalves, de obra vasta, é um dos melhores representantes do Barroco Joanino. Foi muito influente, fazendo escola onde se destacou José da Costa Negreiros. Roma é o principal centro de referência para esta fase, mas a influência dos barrocos franceses e holandesa também se faz sentir.

Em 1696 o pintor Félix da Costa iniciara um movimento para que se fundasse uma Academia, um projeto que viria a se concretizar em Roma, em 1712.  A Academia de Portugal em Roma seria um posto avançado da arte Joanina, fundamental para o contato direto com os principais mestres europeus de alguns dos pintores portugueses de maior relevo dessa geração, como Inácio de Oliveira Bernardes e José de Almeida. Outros que merecem uma lembrança são Jerónimo da Silva, o italiano João Baptista Pachini, Francisco Pinto Pereira, Bernardo Pereira Pegado e o pintor régio Pierre Antoine Quillard, um precursor do Rococó em Portugal.Note-se ainda nesta fase a popularização dos revestimentos em azulejaria pintada, cuja tradição se iniciara no século anterior, e a introdução da pintura de simulação ilusionística de arquitetura para decoração de tetos, que rompe com a linhagem do brutesco e estabelece uma nova concepção de espaço cênico decorativo. Esta técnica, que causou sensação pela novidade que representava e pelo seu efeito impactante, foi introduzida em Lisboa pelo italiano Vicenzo Baccarelli e continuada pelo florentino Nicolau Nasoni, e por Manuel Xavier Caetano Fortuna, António Lobo e Lourenço da Cunha em outras partes do país.

 

O Barroco Pombalino e o Rococó

Vieira Portuense: Leda e o Cisne, 1798.  Museu Nacional de Arte Antiga
Vieira Portuense: Leda e o Cisne, 1798.
Museu Nacional de Arte Antiga

A partir da década de 1750 se observa uma alteração nas direções do Barroco. A influência italiana permanece forte em torno da corte, mais conservadora, e dá continuidade ao Barroco derivado de Roma, ainda de tendência monumental e grandiloquente, mas agora com traços gerais mais simplificados, apelidado de Barroco Pombalino, do qual  Vieira Lusitano  e  Miguel António do Amaral  são bons exemplos. No norte, porém, o Rococó de origem francesa começa a fazer uma aparição e se funde gradualmente ao Barroco tardio em proporções variáveis.

Essa nova pintura, que tem um caráter mais leve, aberto, decorativo, sedutor e gracioso, traz referências classicistas e sua temática se adequa funcionalmente aos espaços onde será inserida. Vieira Portuense,  Jean-Baptiste Pillement e Pedro Alexandrino de Carvalho tipificam o estilo. É a época dos salões literários aristocráticos onde convive uma sociedade de hábitos galantes, hedonistas e sofisticados, formada pela nobreza e por uma burguesia enriquecida, onde a mulher assume um papel de relevo e a religião perde sua força ideológica diretiva. Assim a França se torna o novo padrão cultural.

A preocupação das elites ilustradas, mas desocupadas com a felicidade e o prazer, que desenham a atmosfera rococó, gerou problemas no transporte destes princípios para a arte religiosa, que atendia antes às necessidades das classes mais baixas, cuja devoção não foi em nada afetada pelos costumes desarraigados das elites. Mas as contradições aparentes foram solucionadas pelos moralistas cristãos do período, que logo associaram a desejada felicidade dos sentidos com a felicidade proporcionada por uma vida virtuosa, afirmando que o prazer humano é uma das dádivas de Deus e sugerindo que o amor divino também é fonte de uma espécie de volúpia sensorial. Com essa acomodação, a religião, anteriormente sobrecarregada pela noção de culpa e pelas ameaças da fogueira e da condenação eterna, assume um tom otimista e positivo, e gera uma pintura diante da qual os fiéis podiam rezar “na esperança e na alegria” e que serve de ponte entre a felicidade terrena e a celeste.

A Pintura Sacra em Portugal atingiu seu esplendor na metade do século XVIII, foi um estilo artístico com traços e características das Monarquias Absolutistas. Junto ao Barroco se espalhou nos continentes devido à expansão marítima, e com suas adaptações se resultou em um Barroco “estrangeirado”. Nas pinturas eram refletidas encenações grandiosas de poder e sua característica em aspecto era o excesso na quantidade de cores e detalhes, estas carregavam teatralidade de atitudes e gestos.

Marcos da Pintura deste século foram grandes e esplendorosas obras, em destaque tivemos o Concerto de Mafra, Solar de Mateus, Aqueduto das Águas Livres, a Igreja e as escadas de Bom Jesus de Braga e o Altar Mor da Igreja de Santa Clara no Porto entre outras.

MÚSICA SACRA PORTUGUESA

 A música sacra pode ser compreendida em sentido mais limitado, marcando a música de natureza erudita que faz parte da tradição judaico-cristã. Em seu significado mais amplo, música sacra é toda música executada nas cerimônias de toda e qualquer religião.

Este estilo musical aparece ao longo da história da música no Ocidente, desde o Renascimento, marcado pela presença de Jacques Arcadelt, Dés Pres e de Giovanni Pierluigi da Palestrina; atravessando o Barroco com Bach e Haendel; seguindo pelo Classicismo, nas obras de Haydn, Mozart, Nunes Garcia; caminhando para o Romantismo através de Bruckner, Gounod, César Franck e Saint-Saëns; até atingir o Modernismo, por meio de Penderecki e Amaral Vieira.

O Reinado de D. José I tem sido tradicionalmente sinônimo do florescimento

Retrato de D. José I, atribuído a Miguel António do Amaral. Palácio Nacional de Querluz.
Retrato de D. José I,
atribuído a Miguel António do Amaral.
Palácio Nacional de Querluz.

da ópera em Portugal como instrumento de propaganda do poder régio, em correlação com o processo de secularização da vida política e cultural, por oposição ao reinado de D. João V, que centrou a sua política musical no cerimonial religioso. No entanto, ainda que, porventura, ausente do mesmo valor simbólico que tinha tido nas décadas anteriores, a música sacra foi provavelmente a área musical mais determinante em Portugal na segunda metade do século XVIII, atingindo um alcance muito mais amplo que a ópera junto dos diferentes estratos da sociedade.
Vários fatores tem contribuído para que a nossa percepção da realidade histórico – musical desta época tenha sido moldada na óptica do espetáculo de ópera quer na corte, quer nos teatros públicos: a dimensão de grande acontecimento associada ao enorme investimento de D.José I no sentido de criar um verdadeiro estabelecimento operático de corte.

A música religiosa e a ópera constituem os dois principais vectores que direcionaram a maior parte da produção portuguesa ao longo do século XVIII, correspondendo a promoção destes gêneros musicais ao desenvolvimento de diferentes estratégias de afirmação do poder monárquico.(FERNANDES, 2005, p.52).

Casa da Ópera de Vila Rica – Lisboa
Casa da Ópera de Vila Rica – Lisboa

Com o terremoto que ocorreu em Lisboa em 1755, o luxuoso teatro de ópera foi destruído poucos meses depois de sua inauguração, interrompendo as montagens por oito anos. Encarregado da reconstrução de Lisboa, o Marques de Pombal não inclui o teatro de ópera nem a Capela Real em seus projetos de reconstrução. Assim, a corte portuguesa transferiu-se para a cidade de Ajuda e a retomada das atividades operísticas passou a acontecer nos modestos Teatro da Ajuda e Teatro de Salvaterra. A Capela Real e a Patriarcal, anteriormente unificadas, passam a funcionar em locais diferentes.

 

AS INSTITUIÇÕES

Estante de Coro, madeira século XVII. Biblioteca Nacional de Lisboa
Estante de Coro, madeira século XVII. Biblioteca Nacional de Lisboa

Durante o século XVIII o principal suporte institucional do circuito da música sacra era a Capela Real e a Igreja Patriarcal. D. João V logrou obter uma série de privilégios junto da Cúria Romana que lhe permitiram colocar as instituições religosas portuguesas sob a alçada do seu capelão pessoal, obtendo sucessivos decretos pontifícios que promoveram a Capela Real a Colegiada(1710) e depois a Igreja Patriarcal (1716). O terremoto veio, inevitavelmente, determinar uma nova organização da prática musical. Para além de não incluir a Ópera do Tejo, a reconstrução de Lisboa pelo Marquês de Pombal também não contemplou a Capela Real e Patriarcal, passando estas a funcionar em templos diferentes. Com a mudança de residência da família real para a Ajuda, a Capela Real foi para aí igualmente ficando instalada provisoriamente na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda, De fronte da Real Barraca.

Por sua vez, a Patriarcal teve a sua sede na Ermida de S. Joaquim e Santa Ana, situada na freguesia da Ajuda, sítio de Alcantara, (1755 – 1756); em templo próprio no Sitio da Cotovia, (hoje Praça do Príncipe Real) que acabaria por ser destruído por um incêndio (1756 – 1769).

Em 1792 foi transferida para a Capela Real da Ajuda onde permaneceu até 1833.

OS CANTORES

O fato de os cantores terem passado a ser contratados simultaneamente para a Capela Real e para os teatros régios depois do terramoto teve certamente que ver com razões de economia, mas reflete também uma opção de fundo
– a preocupação com um funcionamento regular e eficaz da componente musical associada ao cerimonial litúrgico.
Assim, um ano antes do terremoto, a Patriarcal tina quatro organistas e setenta e quatro cantores (de acordo com a lista publicada por João Baptista de Castro).

Nos anos seguintes, a correspondência entre o diretor dos teatros da corte e o cônsul Niccolá Piaggio, em Génevoa, menciona a chegada de quatro músicos em 1765 (Giuseppe Marochini, os baixos Bernardo Cocuccioni e Taddeo Puzzi e o contrabaixista Michele Giordani). Seguiram-se os cantores Fillippo Cappellani (1770), Cossimo Banchi, Giuliano Giusti e outros.

O ENSINO DA MÚSICA

Partitura de José Joaquim dos Santos
Partitura de José Joaquim dos Santos

No plano institucional a formação musical encontrava-se, também ela, voltada para a música sacra graças ao Seminário da Patriarcal, a principal escola de música em Portugal antes da fundação do Conservatório em 1835. Criado por D. João V em 1713 seria responsável pela formação de alguns compositores portugueses setecentistas mais importantes (António da Silva, José Joaquim dos Santos, António Leal Moreira , Marcos Portugal, João José Baldi, Fr. José Marques, Antonio José Soares, Francisco Xavier Migone, entre outros), mas também por muitos músicos (sobretudo cantores e organistas) que ocuparam cargos na corte, na Patriarcal e noutras instituições religiosas do país . Os próprios seminaristas, pelo menos os que tinham mais capacidades musicais, tinham também a obrigação de cantar ( e prestar pequenos serviços) nas cerimónias da Patriarcal.

Alguns dos discípulos mais dotados desta escola foram selecionados para aperfeiçoar os seus estudos em Itália (na primeira metade do século em Roma e na segunda em Népoles), vindo, alguns deles, a ingressar posteriormente no corpo docente.

Alguns conhecedores religiosos da música sacra estabelecem suas principais qualidades, aquelas que devem estar presentes para que se defina uma canção como de natureza sacra. Entre elas, consta que a música deve: disseminar um ponto de vista autêntico sobre a Divindade; transmitir no conteúdo uma revelação presente na Bíblia e na doutrina de cada religião; estimular a vivência do testemunho de Jesus; ser completamente oposta à música profana; conter uma oração em sua essência, justificando como arremate final o amém; submeter a técnica musical aos fatores religiosos; ajudar o crente a perceber suas imperfeições com clareza; levar o devoto a perceber o significado do seu próprio sacrifício no desenvolvimento de sua fé; incentivar a emergência das emoções espirituais que levam o Homem a louvar o Criador; atuar apenas como meio de glorificação divina, não como entretenimento – máxima extraída das palavras do compositor Sebastian Bach.

Os chamados motetes, peças inspiradas em escritos religiosos, geralmente criadas em latim, são algumas das expressões sob as quais se apresenta a música sacra. Outras manifestações sacras são os salmos, formato mais específico dos motetes, fundamentados no Livro dos Salmos; a missa, proveniente do cerimonial católico, normalmente dividido em seis etapas principais – Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei; e o réquiem ou missa dos mortos, que engloba as categorias essenciais da missa, acrescidas do Dies Irae, do Confutatis, da Lacrimosa, entre outras.

Referencias

http://www.musicaeadoracao.com.br/artigos/meio/musica_sacra.htm

http://arte-barroca.info/

http://www.coladaweb.com/literatura/barroco-no-brasil-e-em-portugal

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1517-75992011000200016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

 

 

ARQUITETURA BARROCA EM PORTUGAL

Capa

DO BARROCO

Movimento artístico cultural Surgido a princípio na Itália entre o final do Sec. XVI se estendendo até o meio do Sec. XVII, primeiro em países de predominância católica impulsionado pela contrarreforma, e depois um tanto alterado no oriente e países protestantes.

O barroco é um estilo artístico que se diferencia de seu antecessor o Renascimento, pois este primava pela moderação, austeridade e harmonia, enquanto que o Barroco era marcado pelo dinamismo, contrastes marcantes, dramaticidade exacerbada, opulência, exuberância e maior realismo, frequentemente voltado à espiritualidade.

Mais que um movimento artístico. Influenciado grandemente pela contrarreforma, o Barroco era marcado pela contradição entre o profano e o sagrado, a carne e o espírito, buscava uma nova forma de entender o mundo, Deus e o homem, sendo de fato um novo período histórico, bem como, nova realidade sociocultural, sempre buscando a superação pela criação de obras originais.

DA ARQUITETURA BARROCA EM PORTUGAL

O movimento Barroco se inicia em Portugal no século XV por volta do ano 1600, assim, tardiamente em relação ao resto da Europa. Tal fato se deu, pois, Portugal vivia um regime absolutista em razão do domínio Espanhol que provocou uma crise econômica, política e de identidade social, onde para tentar preservar sua identidade sociocultural os Portugueses se fecharam para o resto da Europa.

Outra questão importante para o estilo tão peculiar na arquitetura barroca em Portugal é o fato de a cultura portuguesa na época buscar se diferenciar dos movimentos na Espanha, bem como, pelo fato de a “reforma protestante” não ter tido repercussão em Portugal, assim, o movimento Barroco ligado à contrarreforma (igreja católica), se instalou tardiamente em Portugal.

Na linha das razões para se entender as características próprias do movimento em Portugal, há o fato de que a arquitetura no estilo Barroco necessitava de dinheiro que Portugal não dispunha à época, pois, atravessava período de crise financeira com a dominação espanhola e a perda das riquezas vindas de colônias como o Brasil, a exemplo pelo domínio holandês no nordeste Brasileiro.

Sendo economia dependente das colônias e sem produção local dependendo de materiais importados, a falta de dinheiro impossibilitava tais importações, situação que só foi se normalizar no final do Sec. XVII, sendo esta também uma das razões pelo atraso do desenvolvimento da arquitetura Barroca em Portugal, neste ponto influenciando na escolha dos materiais, dando por fim traços próprios nos trabalhos barrocos desenvolvidos em Portugal, pelo uso de materiais alternativos e regionais.

De fato, e, também por estas razões, a arquitetura Barroca em Portugal é muito particular e ocorreu em período diferente da Europa. Condicionada por diversos fatores políticos, artísticos e económicos que originam várias fases e diferentes tipos de influências exteriores, resultando numa mistura original, frequentemente mal compreendida por quem procura ver a arte italiana, mas com formas e carácter próprios.

Outra causa que deu à arquitetura barroca em Portugal os contornos particulares que possui, é a existência chamada Arquitetura chã. Referida arquitetura basicamente maneirista (sofisticação intelectualista, valorização da originalidade e das interpretações individuais, dinamismo, complexidade de formas e artificialismo no tratamento dos temas), apenas mais discreta marcada pela pouca decoração mais contida e simplista sobretudo pelas limitações económicas da época.

Dentro das questões vistas a influenciar a arquitetura barroca, a econômica traz particular interesse. O barroco na verdade não sente grande falta de edifícios porque permite transformar através da talha dourada, (pintura, azulejo, etc.) espaços áridos em aparatosos cenários decorativos. O mesmo se poderia aplicar aos exteriores. Permitem posteriormente aplicar decoração ou simplesmente construir o mesmo tipo de edifício adaptando a decoração ao gosto da época e do local. Prático e económico.

DO APOGEU ARQUITETÔNICO

Durante o reinado de D. João V, na primeira metade do Sec. XVIII, a arquitetura barroca vive uma época de esplendor e riqueza completamente novas em Portugal. Apesar de o terremoto de 1755, ter destruído muitos edifícios, o que chegou aos nossos dias ainda é impressionante.

PRINCIPAIS OBRAS

Lisboa

Palácio Nacional de Mafra é o mais internacional dos edifícios barrocos portugueses e, no seguimento da moda entre os monarcas europeus, reflete a Arquitectura absolutista, iniciada no Palácio de Versalhes em França. Constituído por um palácio real, uma basílica e um convento, resulta de uma promessa feita pelo rei em relação à sua sucessão. (Com projeto de Cynthia Rodrigues e Johann Friedrich Ludwig), arquiteto alemão estabelecido em Portugal, inicia as obras em 1717 e termina em 1730. É um edifício imenso, possui na fachada dois torreões, inspirados no desaparecido torreão do Paço da Ribeira, com a basílica ao centro e duas torres sineiras dominadas por uma imponente cúpula.

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Neste conjunto o Convento de Mafra, cujo arquiteto foi Ludovice, envolveu na sua construção milhares de trabalhadores e possui uma magnífica biblioteca de 88 metros de comprimento

Livros

Outra característica da arquitetura Barroca portuguesa são as diferenças regionais. Foi na parte norte de Portugal (Porto e Braga), que o barroco se implantou com mais força, através de inúmeras igrejas e solares.

– Região do Porto – com influências espanholas e decoração exuberante, associadas às ideias vindas de Itália.

Igreja de Bom Jesus de Matosinhos;

Matosinhos

Paço Episcopal;

Paço Episcopal

Loggia da Sé; Igreja

Sé Catedral, Terreiro da Sé construída no século XII em estilo românico, sofreu diversas alterações na época barroca. No interior destacam-se o retábulo-mor, em talha dourada, e o altar em prata do Santíssimo Sacramento. Ainda de estilo barroco são dignos de nota os azulejos do claustro, a galilé setentrional, bem como a notável escadaria que liga o claustro à Casa do Cabido e, nesta última, o teto da Sala do Capítulo.

Loggia Se

Torre dos Clérigos.

Uma obra marcante é a Torre dos Clérigos, de Nicolau Nasoni. Este conjunto arquitetônico foi edificado, entre 1732 e 1773, pela Irmandade dos Clérigos. Na construção da Igreja trabalharam vários artistas, destacando-se Nicolau Nasoni e o mestre pedreiro António Pereira. A Torre que remata o edifício do lado poente é uma das obras-primas de Nicolau Nasoni.

Torre

Magnífica Igreja e escadaria dos cinco sentidos, Bom Jesus de Praga Este templo foi projetado pelo arquiteto Carlos Amarante, por encomenda do então Arcebispo de Braga, D. Gaspar de Bragança, para substituir a anterior, erguida por D. Rodrigo de Moura Teles. As suas obras iniciaram-se a 1 de junho de 1784, tendo ficado concluídas em 1811.

escadaria

O seu interior foi revestido a talha dourada, da primeira metade do século XVIII. Verdadeira jóia do Barroco, impressiona o visitante pela sua exuberância decorativa e pela feliz combinação entre a talha e o azulejo incrível o seu interior.

Praga interior

Fachada da Igreja da Misericórdia, Rua das Flores

É um dos mais significativos exemplares da arquitectura setecentista do Porto, sendo o risco da autoria de Nicolau Nasoni. A obra, que se encontra datada de 1750, é de um grande efeito cenográfico e nela já se faz notar a influência da nova gramática decorativa do rococó.

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Região de Braga – (tardo-barroco), em que a decoração típica do românico e manuelino se associam às ideias barrocas e chinesas, marcadas por uma decoração exótica.

Igreja São Vicente de Braga

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Igreja de Santa Madalena.

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No sul também encontramos.

Alto Alentejo, que nos apresenta um barroco mais neoclássico, simples e regular. Por exemplo.

A Igreja de Nossa Senhora da Lapa em Vila Viçosa.

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Em Coimbra destaca-se a Biblioteca dos Gerais da Universi­dade (Biblioteca Joanina).

Biblioteca

O aqueduto das Águas Livresem 1731. No reinado de D. João V, é autorizada a construção do aqueduto. Em 1748, entra em funcionamento abastecendo de água a cidade o que acontece até 1967 quando é retirado do sistema de abastecimento.

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Santuário da Nossa Senhora dos Remédios em Lamego, o atual santuário foi principiado em 1750, e concluído apenas em 1905. O templo apresenta, em sua fachada, traços do estilo barroco e rococó(“rocaille“). A fachada é ladeada por torres sineiras. Em sua construção foi empregada a pedra de granito

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Igreja de Santo Ildefonso, Praça da Batalha. A nova Igreja de Santo Ildefonso foi edificada entre os anos de 1730 e 1737, não se sabendo o autor do seu projeto. Contrariamente ao que sucede na fachada, desprovida de graciosidade, o retábulo da capela-mor revela toda a elegância da sua nova estrutura retabilística. A obra de talha teve o risco de Nicolau Nasoni.

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CONCLUSÃO

Como visto, este breve estudo não pretende, nem tem como, esgotar o tema sobre a Arquitetura Barroca em Portugal, mas, serve como guia introdutório para a um estudo aprofundado, pois, a importância do movimento barroco na arquitetura portuguesa é tão profundo que pode até mesmo ser apontado como definidor do estilo que representa o apogeu do grande império colonialista que foi Portugal nos séculos dos descobrimentos e da ocupação colonizadora.

Tal fato pode ser comprovado num estudo sobre o desenvolvimento da arquitetura nos países colonizados pela coroa Portuguesa, onde, a presença do estilo barroco é marcante devido a influencia do domínio lusitano sendo o barroco muitas vezes o apogeu da arquitetura nestes países especialmente pela adaptação a culturas locais que o estilo Barroco sofreu.

Fontes

Anotações em sala de aula

http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/barroco.htm

http://pt.wikipedia.org.

pt.slideshare.net/abaj/barroco-em-portugal-15088552

http://www.arqnet.pt

http://www.ler.letras.up.pt